sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Sem palavras

Viva aos amores selvagens, que não se explicam,
não fazem promessas, só vivem intensamente
a leitura inquieta do corpo...
Viva ao improviso, as desmedidas, a lua
que aparece quando quer,
mas, sempre pronta a amar...
Viva aos sonhos livres das amarras
e das comparações de um dia...
Viva ao sofrimento que causa uma despedida,
que se vai triste, mas, que nada prometeu...
Viva aos mútiplos instintos que permeiam
a alma humana,
Viva aos que os têm, e assume tudo na prática incorrigível
e alucinante de distribuir prazer...
Viva a humilde falta de romantismo
e a elevada temperatura do querer tocar...
Viva aos quintais, não aos jardins,
Viva aos becos e não às avenidas,
Viva ao conhaque e não o champangne...
Viva aos beijos dissimulados e medrosos,
Viva às flores amarelas de saudades
do que nunca se viveu...
E por fim, viva ao teu olhar esquisito
que dentro do teu tempo impermeável,
com nada se envolveu.

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