sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

ATALHO

Uso meus sonhos como encontro,
para derramar meu amor em ti...
se percebes, não questiono,
o caminho é longo, e morro por ti.

Mil beijos te dou, com gosto de algas,
seguro tuas mãos que impunes me barram,
tenho o mar como amigo, sinto frio, sinto calor
e teu perfume quase sumido...

Pois não te alcanço, meu amor,
nem insisto, porque para ti, apenas existo
como um porto emprestado para ancorar...
dores, desvarios, delírios

Mal consigo te olhar nos olhos, logo eu
que sempre fui de inibir, afundo nesse caminho sem passagem
e tudo vira miragem, com teus olhos a me seguir.

Ah, se esse caminho fosse fácil,
como desenho teu corpo,
sem precisar te despir...
............... atalho!

Um comentário:

  1. A sonoridade de sua poesia tem diminuído a distância entre o real e o imaginário. Lindíssimo poema!

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