domingo, 6 de dezembro de 2009

Serpente

Sem olhos, sem boca
nada a me oferecer,
sorri maliciosamente
para rivais ilusórios...

E eu absorta,
me solto nos teus sonhos
que me aceitam e me rejeitam,
como mar que traga o náufrago
e o vomita com a mesma intensidade

Como é doce teus beijos...
se me deixasse beijar
como te faria feliz
se me desse um olhar...

Fico de longe,
observando tua caminhada pela lua
querendo que o sinal feche na tua rua
e sem pensar, tu venhas nua,
para os braços meus...

Serpente, que máscara segura te deram,
mas a dor não suportou o esconderijo
e hoje vejo teus olhos, bebo teu riso
e vivo teus sonhos

De teu veneno,
não tenho medo, me bate um desespero
de não bebê-lo brindando a dor e o prazer
que vou te dar...

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