terça-feira, 10 de novembro de 2009

À procura de um jardim

Algumas vezes, passeamos pela vida com a nítida sensação de estarmos provando tudo, tudo de bom que a vida pode nos oferecer e fazemos isso, acredite, para parecermos melhor filho, melhor companheiro, melhor amigo. De que forma? Ao sentirmos o sol no rosto mais tempo, podemos parecer mais iluminado para as pessoas das quais gostamos, se deixamos o vento tocar nosso rosto até sntirmos a sensação de estarmos voando com ele, é porque pretendemos ter uma palavra livre para dizer na hora exata aos nossos amigos de alma aprisionada, se beijamos muitas bocas e se dizemos: eu te amo, estamos, de alguma forma, brindando nossa capacidade de amar e sufocando nossa carência, que tantas vezes afoga a pessoa mais disponível, pensando em todas essas coisas, eu me pergunto: O que é que não fiz? Não agradeci suficiente ou não soube agradecer, bati à porta errada, entrei sem que ninguém mandasse, não dei o meu sorriso mais sincero para vida, não olhei de lado, não dividi meu gosto de viver, a verdade é que agora sinto esse espaço, essa ausência de respostas, talvez, porque devam ser inúmeras respostas, eu tenho essa impressão de não estar procurando nada em particular, falta-me um jardim, com inúmeras flores, perguntando para mim, sobre o meu perfume de amanhã.

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