segunda-feira, 22 de março de 2010

Narciso às avessas

Deparei-me com um olhar,
conversamos, éramos velhos conhecidos...
Bebi dele com uma saudade
que perdi no tempo...
Ouvi uma voz, não me assustou,
tinha muito calor, essa voz,
exigia a minha de volta, inútil,
se perderam no mesmo som.
Senti o toque de suas mãos nervosas
e precisas...
Meu corpo tranquilizou-as,
agradecendo aqueles toques suaves,
tão quentes, queria mais...
De repente, o sorriso, o vestir,
as pernas, o sentir, a passionalidade
e a vontade de ser feliz,
o desfecho e o começo,
à procura... tudo tão velho conhecido meu,
meu espelho que não achei feio e nem bonito,
só que me apaixonei.

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